Falta dinheiro em caixa para arcar com imprevistos? A taxa extra pode ajudar.

Muitas vezes, o condomínio não tem dinheiro em caixa para cobrir um custo que não estava previsto, como uma reforma ou manutenção de última hora. Nesse caso, é possível fazer uma espécie de chamada de capital entre os condôminos, aprovando uma taxa extra (também conhecida como “chamada extra”) para custear a despesa inesperada.




Antes de entender a taxa extra, o que é taxa condominial?

A taxa condominial é basicamente o rateio das despesas totais e não entra como lucro para o condomínio. Ela está prevista em lei e seu pagamento é obrigatório. Veja só o que diz o Código Civil:

“Art. 1.336. São deveres do condômino:

I – contribuir para as despesas do condomínio na proporção das suas frações ideais, salvo disposição em contrário na convenção; (Redação dada pela Lei no 10.931, de 2004)”.

Ainda de acordo com o Código Civil, esse rateio de despesas é definido pela convenção do condomínio.

Por se tratar de uma divisão, o valor da taxa de condomínio é diretamente influenciado pelo número de unidades e pelo volume de gastos. Quanto mais unidades, mais diluído é o rateio das despesas, o que contribui para reduzir o valor do condomínio. Em termos de gastos, a folha de pagamento costuma ser o item que mais pesa, chegando a responder por até 50% do total de custos.




Taxa extra

Também conhecida como “chamada extra”, é uma taxa adicional para cobrir custos que não estavam previstos.

Ela pode se referir a obras, consertos emergenciais, manutenções não programadas ou mesmo gastos inesperados com despesas básicas, como água e luz, quando fogem do orçamento.

A cobrança da taxa extra deve ser feita de acordo com o que prevê a convenção do condomínio. Normalmente, ela vem inclusa no boleto com o valor destacado, para que fique bem claro que se trata de um valor extra.




Quem paga a taxa extra: proprietário ou inquilino?

Para responder a essa pergunta, é preciso primeiro entender a natureza da despesa. 

A lei determina que o inquilino deve pagar as despesas ordinárias, referentes à rotina do condomínio, incluindo encargos trabalhistas. 

Já o proprietário deve arcar com as despesas extraordinárias, que agregam valor ao imóvel, como pintura de fachada, construção de novas áreas de lazer e instalação de equipamentos.




Como saber se a criação de uma taxa extra
é ideal para o seu condomínio?

Imagine que uma pane elétrica danificou o sistema de distribuição de energia e o problema precisa ser resolvido com urgência. Como agir nessa situação? Se não houver dinheiro no caixa do condomínio, o jeito será recorrer à cobrança de uma taxa extra emergencial. 

Não podemos esquecer que, até que todos os condôminos sejam comunicados disso e paguem suas respectivas contribuições, pode levar algum tempo e os prejuízos podem se acumular.

Porém, a taxa extra ainda é o melhor recurso em uma situação como essas. 




E por que devo apostar na taxa extra e não em pedir um empr
éstimo?

Em situações de crise, muitas pessoas recorrem à solução mais fácil: pedir um empréstimo. Mas por que essa opção não é a mais aconselhada dentro do cenário dos condomínios?


Juros elevados

Comparado a outras modalidades, o empréstimo pode apresentar custos consideravelmente mais altos, fazendo dele uma opção inviável para quem está querendo sair do vermelho.


Crédito mais limitado

Apesar de ter uma contratação simples e rápida, a falta de garantia, em muitos casos, faz com que a oferta de crédito seja feita em valores mais reduzidos e assim, consequentemente, não garante o pagamento das dívidas do seu condomínio.

Logo, criar a taxa extra é o mais recomendado, em especial por não gerar outras dívidas.

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